Tuesday, December 18, 2007

Capítulo VIII - O futuro


Ler, escrever e contar, são estas as competências que hoje são essenciais para viver em sociedade. Portanto motivar uma pessoa a ler, a escrever e até mesmo a contar é muito importante. É um facto, que os computadores com os seus softwares educativos, a Internet e o trabalho com muitas outras tecnologias podem em muito contribuir para ajudar as crianças na aquisição de tais competências básicas. No entanto, sem me querer contradizer e pensando um pouco ao contrário de Papert, penso que podem, sim, ajudar, mas não apoio a ideia de que tal ajuda se situe em anos anteriores àqueles que ela própria tem para adquirir e desenvolver tais competências. Noutras palavras, não acho correcto ensinar uma criança a ler, a escrever e a contar precocemente com a ajuda de um computador ou de qualquer outra tecnologia. Não ponho o problema no material que se utiliza, mas apenas no tempo em que se quer utilizar tal material. Isto porque, uma criança tem o seu próprio tempo, no seu desenvolvimento, para brincar e, portanto, desta forma estaríamos a retirar-lhe a coisa que ela mais preza - a "brincadeira" - introduzindo-a num mundo que, provavelmente ainda, não lhe será muito atractivo. Aliás, o que preferiam se tivessem 3 anos? Estar no recreio a brincar às escondidas ou numa sala com um computador a clicar, a clicar? Para não falar que se quebraria aquilo pelo qual se lutou no passado: a definição de criança como tal e não de criança como "adulto em miniatura", porque lhes estaríamos a roubar o tempo para as suas brincadeiras, próprias da idade, tal como acontecia antes onde as crianças não tinham espaço para crescer como tais.
Acredito que uma criança mexeria sem cessar no computador, mas talvez apenas seria motivada pela vontade de brincar, mas penso que se na sala ao lado ouvisse risadas de outras crianças provavelmente iria escolher estar ao pé delas e a participar nas suas brincadeiras. Logo, não seria difícil mantê-la sentada numa cadeira a clicar para aprender a ler, a escrever e a contar? Seriam úteis este tipo de aprendizagens para crianças com dificuldades em aprender a ler, a escrever e a contar. Também , talvez, para crianças que já tivessem essas competências de modo a desenvolver a sua própria leitura, escrita e as suas próprias "contas".

Wednesday, November 28, 2007

Capítulo VII - A Escola

A introdução das Novas Tecnologias favoreceu bastante o processo de ensino/aprendizagem.
A escola encontra-se inserida na sociedade, sendo influenciada por esta e influenciando a própria, muitas vezes interagindo com todas as vertentes que a comportam.
Quando se pensa em introduzir as Novas Tecnologias surgem sempre inúmeras questões: o computador naqueles cujas expectativas são grandes; a sua contribuição para melhorar a educação e o pesadelo que pode causar, ou seja, os efeitos negativos que o uso do computador pode ter nas escolas.

Talvez por isso é que muitas vezes pais e professores continuem retincentes quanto à aceitação de que a presença de um computador na escola pode favorecer em muito o desenvolvimento das práticas educativas e dos métodos de aprendizagem, tornando o ensino mais objectivo, dinâmico e motivante, e as aprendizagens mais significativas. Mas a grande questão que surge é: Houve ou não mudanças ao nível da escola com a introdução dos computadores?!

Quando Papert diz, em relação á introdução dos computadores na escola: "Trabalha depressa, evolui muito rapidamente e cedo originou algumas mudanças em muitos sectores da actividade humana. Mas na Escola não."
Na Escola o que pode acontecer muitas vezes é que certos professores, e alguns pais, não aceitam os computadores deliberadamente e vêem-no apenas como um material para distrair os alunos, para os prejudicar nos estudos e a causa das más notas. Se em alguns casos isso é verdade, em muitos outros o computador é sem dúvida uma grande ferramenta.

Mas Hoje em dia, onde é que não há um computador?! Não será a falta de formação de professores e pais que impede que muitas vezes o computador seja encarado de uma forma positiva? A meu ver, é verdade que qualquer computador tem os seus riscos, e os seus pontos negativos e pode muitas vezes prejudicar quem os usa, se todos conhecerem o que realmente é um computador todos estes risco podem ser, sem dúvida atenuados.

Seymour Papert, diz que se preocupa bastante com o facto de muitos pais usam o computador para desenvolver a cultura de aprendizagem em casa, e nao prestam qualquer cuidado ao modo como isso é feito nas escolas dos filhos ou desconhecem o que é feito neste campo nas escolas. E, é desta forma, que surge uma insatisfação com a cultura de aprendizagem adoptada pelas escolas, neste capítulo o autor também expõe cinco pontos que podem suscitar nos pais um interesse por influenciar a escola, e que pode ajudar na resolução deste dito problema.

"Todas as crianças que têm em casa um computador e uma forte cultura de aprendizagem são agentes de mudança na escola."

O modelo que Seymour Papert criou, em conjunto com Chuck Tetro, é para mim um bom exemplo, que permite às escolas uma oportunidade de adquirirem alguma experiência em fluência tecnológica sem compromisso prévio inteiramente vinculativo, permitindo a qualquer pessoa, incluindo jovens que atingiram a fluência tecnológica em casa, melhorarem o seu desempenho e prestarem um valioso serviço á comunidade, participando no crescimento de uma cultura de aprendizagem por computador num lugar público. Este modelo constitui, na minha opinião, um via alternativa para o meio de aprendizagem do futuro.

Negrito

"Com tantas opções disponíveis, o conceito de escolaridade doméstica fundir-se-á num outro mais amplo, de sociedade de aprendizagem."

CapítuloVI - Projectos


As actividades que o computador nos proporcionada é sem dúvida interminável, pois o que Seymour Papert fez naqueles três meses também nós, na nossa vida, já fizemos pelo menos uma vez. Obviamente, que as inúmeras actividades dependem da competência tecnológica de cada um.
Na minha opinião, o trabalho de Papert, é sem dúvida, enriquecido pelos projectos que propõe para crianças e para o seu desenvolvimento. As crianças surgem, muitas vezes, como uma fonte de inspiração e nelas que se reflectem o sucesso retiramos do nosso trabalho. Sem o conhecimento das ferramentas ou das possibilidades que certas ferramentas dispõem as crianças limitar-se-ão apenas a utilizar o computador para "jogar" ou para "navegar", como Papert refere no capitulo VI. Estas duas componentes são bastante importantes na realização de um projecto multimédia e o exemplo é o "Projecto Tartaruga", onde para fazer uma surpresa a avó que gosta de tartarugas, se utiliza, na Internet, motores de busca para pesquisar sobre isso (navegar) e onde se cria um ambiente de "apontar-e-clicar" (como se estivesse a jogar) para descobrir mais. Isto motivará mais, concerteza, as crianças e as aprendizagens serão muito mais significativas. É verdade que a fluência tecnológica não é igual em todos, mas ao construir-se projectos como este motiva-se não só quem está a descobrir, como também, se dá um passo extra na construção dessa fluência, sabemos que depende muito da competência tecnológica de cada um.
Este capítulo, tal como Papert afirma, foir estruturado com base em projectos susceptíveis de serem postos em prática em conformidade com a família. Pretende-se, então, criar um contexto no qual seja possível encontrar ideias, métodos e modelos criando, também, inspiração para as actividades que venham a ser desenvolvidas pela sua família, quer individual, quer colectivamente.
Em suma, Seymour Papert resume três príncipios orientadores na selecção de projectos: o primeiro refere-se à suscitação de uma atitude de ampliação, ou seja, as melhores coisas que podemos fazer são as que abrem portas para outras que se situam para além delas; o segundo poderia ser designado "o que é bom para uns, é bom para os outros"; o terceiro, e ultimo, principio é o de que um bom projecto familiar de utilização do computador deve ter as suas raízes na cultura das crianças.
Qualquer criança que cresça numa cultura familiar de aprendizagem que valorize a fluência computacional pode criar o seu próprio projecto, no entanto, se não tiverem um contacto gradual com tudo isto desde o início, a aprendizagem mostra-se mais lenta e só conseguirão aprender de uma forma menos natural.

Macro-Estrutura do projecto







Na aula prática desta semana, 26/11/07, a nossa tarefa foi terminar o preenchimento do guião de autor que a professora nos deu na aula anterior. Este Guião de autor tem como objectivo, a melhor organização da informação acerca do projecto, em termos de objectivos de grupo, e a selecção do tema que iremos apresentar como um exemplo de boas práticas na utilização de Weblogs no âmbito educativo.
Depois desta ficha, coube-nos organizar a informação numa ferramenta que já tinhamos utilizado no ano anterior, Cmaps Tools, que consiste na representação num mapa conceptual da estrutura do projecto em geral: conteúdos, ligações entre si, elementos multimédia, informações, etc. Permitiu, também, demonstar à professora os objectivos do nosso projecto, no que diz respeito à configuração visual, sistema/meios de navegação, interactividade, e elementos multimédia.

Tuesday, November 13, 2007

Capítulo V - Família






No conceito de Família existem duas peças essenciais, os membros e a cultura que esta possui, o tornando-a distinta e única. A cultura pode ser vista, então, de variadas formas. No entanto, penso que na família a cultura se refere " às formas de pensamento, às tradições, às crenças e aos valores que são partilhados "entre os seus membros tal como refere o autor.

A cultura familiar evolui e aumenta com a interacção entre pais e filhos de assuntos valorizados por ambas as partes, seja através de livros, filmes ou mesmo através do computador, que hoje me dia é um elemento importante de reflexão sobre a aprendizagem.



Papert alerta os pais para a necessidade de se estabelecerem novas formas de relacionamento entre eles e os seus filhos, considerando o computador como um meio que permite a coesão e não a desunião familiar. É este aspecto que deve ser comentado:"O computador traz muitas coisas novas e ele fomenta o desenvolvimento da cultura familiar de aprendizagem". Já que os pais devem-se preocupar mais em encontrar interesses comuns com os seus filhos, e "esquecer" o que os filhos fazem ou não no computador, desenvolvendo-se, assim, a cultura familiar na aprendizagem.

O medo ou o pouco conhecimento de como trabalhar com tal tecnologia não deve ser um motivo para não utilizá-la, mas sim um motivo para os pais quererem aprender com os filhos de modo a que novas relações se estabeleçam e para que a diferença entre as gerações seja pequena, respeitando estes com gentileza o estilo próprio de aprendizagem dos pais. O que pode distinguir a cultura familiar de aprendizagem de uma dada família é o modo como lida com as diferenças de estilos de aprendizagem. Uma família pode admitir apenas uma forma de aprender, enquanto outra reconhece, as diferenças existentes. Numa cultura familiar saudável, existirá uma base de entendimento, juntamente com uma compreensão das diferenças.


As tecnologias são para todos e todos são capazes de aprender: desde o neto Sam até à avó de oitenta anos. O único requisito preciso, não se trata, então da idade, mas simplesmente da disposição constante para aprender coisas novas.



"(...) basear o desempenho intelectual em algo pessoalmente significativo é sempre vantajoso, mesmo para os adultos, e que uma das grandes vantagens de se trabalhar com computadores reside nas possibilidades existentes de se fazer exactamente isso."

Monday, November 12, 2007

Weblogs em educação

Após uma pesquisa sobre o conteúdo do projecto de grupo, encontrámos este video, esclarecedor da importância e do papel do blogs em educação.

Enquanto recurso pedagógico os blogs podem ser:
•um espaço de acesso a informação especializada;
•um espaço de disponibilização de informação por parte do professor;
•um portfólio digital;
•um espaço de intercâmbio e de colaboração;
•um espaço de debate – role playing; um espaço de integração.
Os weblogs, assim como a educação, são processos:
•de comunicação,
•de socialização
•de construção
•de conhecimento.
Uma de suas características mais importantes é a capacidade de interactividade, que permite que o blog passe de um monólogo a um diálogo.

Wednesday, November 7, 2007

Capítulo IV - Valores


Seymour Papert diz que a verdadeira importância da questão, trata-se do modo como os valores educativos são desenvolvidos. Na verdade, são os pais os grandes "condutores" dos valores nas crianças e que as conduzem para uma boa aprendizagem, e contribuem bastante para aquisição de conhecimentos, uma vez que, têm uma grande influência na acção, nas atitudes, e nas reacções das crianças que são o reflexo da sua educação. Embora, os professores surjam , também,como elementos importantes na transmissão de conhecimentos muitas vezes precisam de transmitir algo mais para despertarem interesse nas crianças, valores como a honestidade e precisamente a confiança, ou respeito que são também relevantes de desenvolver no seio familiar.


Concordo plenamente com o autor quando este identifica estas instâncias como responsáveis da educação da criança, no entanto, a criança também deve ser responsável pelo seu carácter, aprendendo com os seus erros e construindo uma identidade própria. Tomando como exemplo, "dizer às pessoas que é feio mentir, sabendo que lhes está a mentir, é não só moralmente indefensável, mas também um modo infalível de se obterem resultados opostos aos desejados", esta opinião do autor demosntra que, antes de os alunos seguirem os que os adultos lhes aconselham, eles "imitam" as acções destes, desta forma, "sempre que ensinamos algo estamos a privar a criança do prazer e do benefício da descoberta".


É, também, mencionado neste capítulo a solução construcionista, isto é, aprendizagem adaptada à capacidade da criança dependendo da sua realidade social. Deste modo, uma forma de o meio envolvente facilitar a aprendizagem é ter em conta que a aprendizagem pode ser feita "sem" os adultos. Na perspectiva do autor, à qual desginou por instrucionismo, este defende que a melhor maneira para facilitar a aprendizagem é termos mais ensino, ou seja, "passar mais tempo a a dizer aos miúdos o que pensamos que eles devem fazer", sendo o "estímulo" essencial para o desenvolvimento intelectual da criança. Posso utilizar, então, um provérbio popular para caracterizar esta situação, "o fruto proibido é o mais apetecido", já que, a proibição de aceder a certos sites por parte do pais, provoca nas crianças uma curiosidade imensa.


É preciso então mais esclarecimentos acerca dos espaço na internet que os pais consideram menos próprios para as crianças, esta abertura entre pais e filhos só iria provocar na criança mais auto-confiança e respeito em relação aos argumentos dos adultos.


Em suma, a meu ver, é importante dar às crianças a oportunidade de exprimirem as suas opiniões de modo a colaborar de uma forma mais activa no desenvolvimento pessoal e intelectual destas, criando uma cultura de honestidade absoluta para evitar que as crianças percebam "que em certos sectores da vida a fronteira entre a verdade e a falsidade está necessáriamente mal definida".





"Deve-se actuar de modo apropriado e fundamentado na compreensão."